Andreza Cruz

15 setembro, 2024

Dores crônicas são aquelas que persistem por um longo período, geralmente mais de 12 semanas. Elas podem ser causadas por uma variedade de condições, como artrite, fibromialgia, lesões passadas, neuropatia diabética, entre outros.
Os fatores emocionais podem desempenhar um papel significativo no desenvolvimento e na percepção das dores crônicas. Existe uma correlação grande entre dor crônica, depressão e ansiedade, que facilita na retroalimentação da dor, quer dizer, o estresse, ansiedade, depressão e outros estados emocionais podem aumentar a sensibilidade à dor e piorar a percepção dela. Além disso, a dor crônica em si pode levar a impactos emocionais, criando um ciclo onde a dor e as emoções negativas se intensificam. É importante abordar esses fatores emocionais como parte do tratamento global da dor crônica, muitas vezes envolvendo técnicas de gestão do estresse, psicoterapia e outras abordagens terapêuticas para ajudar a lidar com a dor e as emoções associadas a ela.
É importante procurar um médico para um diagnóstico correto e um plano de tratamento adequado, que pode incluir medicamentos, fisioterapia, psicoterapias, entre outros.
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19 setembro, 2022

Setembro é o mês em que é realizada a campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio; foi criada no Brasil, em 2015, pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Essa é uma campanha de extrema importância, uma vez que o suicídio é um problema grave de saúde pública e que, muitas vezes, pode ser evitado.
É importante conversamos sobre o suicídio, não só em setembro, mas o ano inteiro sobre maneiras como preveni-lo. Muitas pessoas pensam que esse ato é uma realidade distante e que afeta poucas pessoas, mas, infelizmente, os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram o contrário. De acordo com a OMS, a cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio em algum lugar do nosso planeta. Isso significa que, em um ano, mais de 800 mil pessoas perdem sua vida dessa forma.




 

16 maio, 2022

O quadro de ansiedade generalizada caracteriza-se pela presença de sintomas ansiosos excessivos, na maior parte dos dias.
Nesses quadros, são frequentes sintomas como insônia, dificuldade em relaxar, angústia constante, irritabilidade aumentada, e dificuldade em concentrar-se. São também comuns sintomas físicos como cefaleia, dores musculares, dores ou queimação no estômago, taquicardia, tontura, formigamento e sudorese fria. Alguns termos populares para esses estados são: “gastura”, “repuxamento dos nervos”, e “cabeça ruim”. Para se fazer o diagnóstico de uma síndrome ansiosa, também é necessário verificar se os sintomas ansiosos causam sofrimento clinicamente significativo e prejudica a vida social e ocupacional do indivíduo.
O mais importante para uma pessoa ansiosa é reconhecer-se e encontrar formas de autoajuda para o enfrentamento das crises, além da terapia, podem ser utilizadas técnicas de respiração, acupuntura, meditação, yoga, são estratégias para uma boa qualidade de vida, lembrando que as dicas para diminuir a ansiedade não substitui o tratamento médico.

#psicologia #ansiedade #praticascomplementares #qualidadedevida



 

Psicoterapia na senescência

27 abril, 2022

“Como todas as situações humanas, ela (a velhice) tem uma dimensão existencial: modifica a relação do indivíduo com o tempo, portanto, sua relação com o mundo e com sua própria história. Por outro lado, o homem não vive nunca em estado natural; na sua velhice, como em qualquer idade, seu estatuto lhe é importo pela sociedade á qual pertence”
Trecho do livro: a velhice de Simone Beauvoir (1970).
A autora promove um entendimento mais amplo relacionado a velhice, que acarreta muitas transformações, sejam elas, físicas, mentais, sociais e emocionais. A psicoterapia auxilia na compreensão das mudanças, sendo uma fase das nossas vidas pela qual todos sabemos que iremos passar; mesmo sabendo, muitos não entendem o processo ou tem uma real dimensão dos fatores emocionais. Os sintomas mais comuns em relação à senescência são: solidão, medo, sentimento de improdutividade, questionamentos sobre seu passado e seu futuro, como também depressão e ansiedade. A psicoterapia entra como auxílio para obter consciência da sua real situação e os instrumentos que pode utilizar a seu favor para compreender que a senescência é uma parte da constituição do ciclo de vida, ou seja, nascimento, infância, adultez e velhice, sendo que a psicoterapia auxilia a passar pelos desafios existentes em cada fase.
Se você está passando por uma fase existencial devido à constituição dos ciclos naturais, saiba que não está sozinho (a), busque auxílio.

#Jung #Psicoterapia #Velhice #Senescência #AutoCuidado



 

Como a psicologia pode auxiliar na elaboração do luto.

20 abril, 2022


A psicologia pode ajudar na elaboração do luto. As suas etapas podem ser vivenciadas de maneira subjetiva. Não existe tempo certo de duração e nem uma cronologia exata. Cada pessoa irá viver sua dor de maneira individual e a seu tempo. Além disso, quando o paciente chega na fase da aceitação, isso não quer dizer que haverá esquecimento ou abandono da dor. Não existe um tempo aceitável para superar o luto. Cada pessoa tem o seu tempo. Não existe isso de “meu luto está 100% superado”. Sempre vai ter uma dor quando você fala de alguém que você perdeu e era importante na sua vida ou um ciclo que se fechou, o que existe é a diminuição da dor e a direção que você encontra para ela.

Essa compreensão de que a elaboração do luto é um momento individual ajuda não só as pessoas a respeitarem o seu próprio tempo, como também a ser empático a dor do outro. Nem todo mundo vai demonstrar tristeza com choro ou depressão, necessariamente. Muitas pessoas ficam apáticas e apresentam dificuldade de sentir. Buscar atendimento psicológico ajuda o paciente a entender este sentimento e refletir na sua dor. Na terapia há um lugar onde a pessoa pode expressar seus sentimentos sem julgamentos. O psicólogo vai acolher essa dor emocional e irá ajudar o paciente a chegar a um caminho de aceitação.

A psicóloga ainda dá mais uma dica para quem está passando por esse processo de luto. Sinta a sua dor. A tristeza não existe para você guardar embaixo do tapete. Os sentimentos existem para serem sentidos. Eles precisam ser vivenciados. Quanto maior for o tempo que você permitir expressar todos esses sentimentos, mais rápido conseguirá se encaminhar para o processo de aceitação do luto. Viver todos os sentimentos é extremamente importante, porque doer sempre vai. Mas na terapia você aprende a trabalhar essa dor e a entender que existe vida após o luto.

#psicologia #psicologiaclinica #luto #perda

 

Outono: A introspecção

20 abril, 2022

Qual a influência das nossas emoções? Há grande influência da natureza em nossas emoções.
Cada estação do ano traz mensagens especificas em nosso emocional e nos convida a experienciar novos padrões.
O outono é uma estação de grandes reflexões, cheio de simbologia para enriquecer nossas percepções, chega depois do verão, estação quente, onde estamos mais abertos e cheios de energia, sendo assim, nossos movimentos ao mundo externo tendem a ser mais frequentes. É uma estação que fica no intermediário entre os extremos, verão e inverno.
Estamos em momento de reflexão, assim como as folhas das árvores caem, é o momento de deixar ir tudo aquilo que não iremos mais usar nas próximas estações e assim estar preparado para o novo em nossas vidas. Portanto, é o momento de deixar ir o que não serve mais, o que em primeiro momento pode parecer uma perda, pode, na verdade, ser um ganho.
O outono também tem como significado uma estação de amadurecimento, entender que precisamos de forças para enfrentar o inverno, momento de mais introspecção.
Reflita se o seu comportamento te afasta do seu potencial criativo, momento de assumir um compromisso consigo, desapegando de tudo aquilo que já não te serve mais, daquilo que esteja impedindo seus passos rumo as próximas estações.
O que em sua vida precisa sair de cena? Do que você precisa abdicar para seguir firme para os próximos ciclos, para continuar a crescer? Lembre-se sua alma precisa de tempo.

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Arteterapia e Jung

20 abril, 2022

A abordagem junguiana parte da premissa que o indivíduo, no curso natural da sua vida, em seu processo de autoconhecimento e transformação, são orientados por símbolos. Estes emanam do SELF, centro de saúde, equilíbrio e harmonia, representando para cada o potencial mais pleno, a totalidade da psique, a essência de cada um. Na vida, o self através de seus símbolos precisa ser reconhecido, compreendido e respeitado. Na Arteterapia Junguiana, o caminho será fornecer suportes materiais adequados para que a energia psíquica plasme símbolos em criações diversas. Estas produções simbólicas retratam a psique em múltiplos estágios, ativando e realizando a comunicação entre INCONSCIENTE e EGO. Este processo colabora para a compreensão e resolução de estados afetivos conflituados, favorecendo a estruturação a expansão da personalidade através da criação. Estes símbolos, presentes nas criações plásticas, poderão estar também presentes nas imagens oníricas e até mesmo no próprio corpo, por alterações no funcionamento do organismo, gerando as chamadas “doenças criativas” que indicam a urgente necessidade de reflexão e transformação de padrões de funcionamento psíquico. A função do arteterapeuta, neste contexto, será a de um facilitador do processo, trazendo ao espaço terapêutico múltiplos materiais, para adequar-se à produção de cada indivíduo. O espectro destes materiais expressivos, abrange inúmeras possibilidades, pois procura atender à singularidade de quem cria, funcionando como instrumentos para estimular a criatividade, e posteriormente desbloquear e trazer a consciência informações guardadas na sombra. Estas informações representam o lado obscuro, desconhecido ou reprimido da psique humana, que quando é trazido à consciência através do processo terapêutico contribui para a expansão de toda a estrutura psíquica.

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30 março, 2022


Quando falamos de Alma, falamos de vida, pelo fato de estarmos vivos. E para manter a vida, nós necessitamos sempre fazer algo. Estar continuamente em ritmo acelerado faz com que nossa alma se sinta revigorada, animada e esse sentimento faz com que cresça nosso ritmo pelos afazeres do dia a dia. O fato  que tudo parece acontecer cada vez mais rápido faz a nossa alma sofrer, muitas vezes não percebemos ou não damos ouvidos a nossa alma e ao nosso corpo, pois a aceleração mesmo que gere momentaneamente uma sensação de bem-estar exige também uma eficácia ainda maior do mundo externo e principalmente do mundo interno. Muitas vezes não nos permitimos errar, perder prazos e até mesmo tirar um dia para não fazer nada, o que acarreta a marginalização da nossa alma. Se permitimos isso nossa vida se torna mais fria, nossos relacionamentos serão dominados pela funcionalidade.
É importante o equilíbrio entre o mundo interno, o que sentimentos, pensamos e nossos desejos e entender e administrar as exigências do mundo exterior, o socialmente aceitável, nem sempre é o mais importante ou o melhor para sua alma. Todos os nossos sentimentos fazem parte da existência humana.
A alma precisa de tempo; os momentos em que não estamos ativos, nos regeneram, são momentos de reflexão; precisamos constantemente de momento de ócio para o autocuidado, realizar nossa conexão entre alma (vida) e corpo.
E você, podemos nos dar a esse luxo de um momento de descanso, sem sentir culpa? O que você tem feito para o seu autocuidado?

#Autocuidado #Psicologia #Alma #Corpo #Jung #Ancestralidade #Tempo.




 

Psicossomática

30 março, 2022


“As mágoas que não se tornam lágrimas encontram outros olhos para chorar. Mágoas não choradas são vistas pelos sintomas corporais.”

Henry Maudsley


O Self serve como estrutura de organização para fazer com que o ego, responsável pela consciência sirva a alma (psique) que utiliza determinados mecanismos a serviço da alma, como os sonhos, produções criativas, e sincronicidade. Quando a pessoa não entra em contato com seus mecanismos, ficamos fechados sem expressar nossos sentimentos e sem trabalhar seus afetos que geram emoções desconfortáveis ou negativas, por isso, somatizamos algumas doenças e dores. Buscar autoconhecimento sempre é a melhor opção para lutar contra o sintoma, e não paliar o sintoma existente em nosso corpo.

A psicologia analítica trabalha com a simbologia da relação corpo, sintoma, saúde e doença. Quando compreendemos a dor física e emocional como símbolo, estamos prontos para o processo de transcendência, ressignificação e regulação da nossa totalidade.
Um mau funcionamento da psique, ou alma, pode causar muitos prejuízos ao corpo, o sofrimento corporal afeta nossas emoções, pois alma e corpo na visão de Jung não estão separados no contexto da nossa existência.
A dor pode surgir como um alarme. Sentir dor nos faz buscar compreensão da nossa totalidade e até mesmo a prevenção, sendo a dor, uma expressão simbólica do nosso inconsciente, ou seja, o grito da nossa alma (vida).
Os sintomas corporais surgem como mensagem da nossa alma, e ao dar a devida atenção podemos observar o que está em desequilíbrio em nossas vidas e em nossa psique, podendo assim, conscientemente adquirir equilíbrio emocional, social e mental.

#Psicossomática #Psicologia #Jung #Individuação #Dores #Sonhos #Sincronicidade #Transcedencia #Equilibrio